quarta-feira, 13 de julho de 2011

Defesa contra Ataques Ocultos

Antes de tentarmos qualquer defesa contra um ataque psíquico devemos antes descobrir qual a origem e a natureza deste ataque.
Vivemos em meio à forças invisíveis das quais percebemos apenas seus efeitos. Movemo-nos entre formas invisíveis cujas ações com muita freqüência simplesmente não percebemos , embora possamos ser profundamente afetados por elas. Há pessoas com mentes treinadas que além de perceber estas ações também podem penetrar nestes mundos invisíveis. Mas de um modo geral isso não acontece. Mas existem certas situações que mesmo as pessoas mais comuns entram em contato com estas energias.
As situações são:
  • Podemos estar num lugar onde estas forças estão concentradas;
  • Podemos encontrar pessoas que manipulem estas forças;
  • Podemos por interesse próprio buscar conhecimentos e ir ao encontro destas forças;
  • Podemos cair vítima de certos estados patológicos que rasgam este véu. (É muito comum uma pessoa beira a morte por exemplo dizer que conversou com seus parentes mortos, ou pessoas em estados graves de saúde terem *alucinações*.)

Dion Fortune faz a seguinte comparação; “O limiar do invisível é uma costa traiçoeira em que nos banhamos. Há buracos e correntes e areia movediça. O nadador forte que conhece a costa pode arriscar-se com relativa  segurança. O nadador inexperiente que não ouve nenhum conselho a não ser seus próprios impulsos, pode pagar com a própria vida a sua temeridade.”
Por isso mesmo devemos tomar cuidado com essas práticas e antes de qualquer coisa buscar o conhecimento das leis universais para estarmos sempre trabalhando ao lado delas, nunca contra elas, pois o resultado com certeza seria fatídico. Infelizmente muitas pessoas acreditando fazer o bem, ou tentando ajudar, de alguma forma estão contrariando estas leis e suas ações acabam resultando em tragédias e raramente alcançam os objetivos buscados. Por isso muito cuidado antes de contratar o “Pai de Santo da esquina” ou o “Magista de Botequim” para realizar qualquer  Ato Mágico,  até mesmo aquela “cartomante-vidente” amiga da vovó, “ótima conselheira” pode apresentar perigo. Provavelmente você está agora se questionando em qual o risco que a pessoa pode estar correndo com uma simples leitura de cartas. O perigo principal é a própria mente! A essência de um ataque psíquico deve ser procurada  nos princípios e nas operações da sugestão telepática.
Existem três tipos de sugestão:
·         Auto-sugestão;
·         Sugestão consciente;
·         Sugestão hipnótica.
A sugestão difere-se da razão no ponto em que a razão deixa suas marcas e apelos na mente consciente e estas informações serão absorvidas ou não pela pessoa em virtude de seu caráter ou até mesmo de sua conveniência momentânea. Mas a sugestão não faz apelo à consciência, visando antes colocar suas mães nas fontes de ação da subconsciência para de lá manipular a razão.
A auto-sugestão provém da própria mente consciente e dirige-se à mente subconsciente. Poderiam perguntar-se: - Porque não posso dar ordens ao meu subconsciente diretamente sem recorrer à auto-sugestão? A resposta é simples: A mente subconsciente pertence a uma fase da evolução muito mais antiga que a mente consciente, pertence, de fato, à fase anterior ao desenvolvimento da fala. Dirigir-se a ela por meio de palavras é como falar a um homem num idioma que ele não compreende. Para contar com ela devemos recorrer à linguagem dos sinais. Os sigilos, por exemplo, é um dos métodos. Outro método é fazer uma criação mental na mente consciente até  que a mesma seja absorvida pela mente subconsciente que compreende o significado dela e age de acordo com esta interpretação. Porém deve-se tomar muito cuidado com o tipo de mentalização, lembre-se que a mente subconsciente não compreende a linguagem falada ou escrita, por isso ao visualizar algo que não deseja que aconteça, ainda que se expresse de forma contrária a esse pensamento, com certeza ele acontecerá já que a imagem é assimilada pela mente subconsciente e a linguagem falada ou escrita, não.  Costumo explicar isso usando uma comparação de uma pessoa que reza para que algo não aconteça e depois culpa Deus ou o Santo pela desgraça. Não quero dizer que forma alguma que não existam santos ou anjos. É claro que existe uma Hierarquia Divina com seres mais elevados que ordenam esse universo. Mas a verdade é que a grande maioria dos milagres ocorridos foram executados pela própria pessoa em virtude de sua fé. O Santo em questão serviu simplesmente como uma ponte entre a pessoa e o Todo. A pessoa através da sua crença no santo conseguiu criar com sua mente criativa a situação desejada e enviar esta mensagem ao Universo que provém de todas as energias necessárias para a execução da vontade da pessoa em questão.
Para manipular efetivamente a mente subconsciente devemos produzir uma imagem mental da coisa que desejamos fazer e mantê-la na mente indefinidamente até que a mente subconsciente seja influenciada pela idéia e execute a tarefa por sua própria vontade.
Esse é o objetivo de toda sugestão, não importa de onde ela provenha.
A sugestão consciente origina-se na mente do outro e nos é transportada através de canais como a palavra falada ou escrita e hoje em dia é muito comum este tipo de sugestão o tempo todo na TV, Rádio, Outdoor e nem é preciso analisar muito para ver como funciona. Todos os dias vemos aqui no Brasil, por exemplo, redes de televisão, fabricarem celebridades,  símbolos sexuais, comerciais lhe induzirem a comer e comprar coisas, votar em candidatos políticos que outrora foram protagonistas de grandes escândalos bancários e ou políticos, etc. Na nossa própria vida podemos analisar nossas limitações que geralmente tem origem em sugestões que nos foram impostas muitas vezes na infância ou coisas que passamos a vida inteira ouvindo do tipo: “nasceu pobre, morrerá pobre.” – “Quem nasceu pra lambari, nunca chegará a tubarão”, e outros que não me ocorrem no momento, mesmo porque trato de manter minha mente limpa deste tipo de influência, mas que são desanimadoras e enchem as pessoas de limitações. Há ainda outros tipos que são adquiridas na infância que traumatizam e fazem a pessoa crescer com esta mensagem na mente. Geralmente são oriundas daquelas brincadeiras que os adultos fazem para tirar sarro das crianças, do tipo, cabelo feio, orelhudo, etc. E há ainda aquelas broncas que certos pais dão chamando o filho de burro, incapaz, etc...  Isso é de certa forma abominável com uma criança, pois isso irá influenciá-la pelo resto de sua vida, por isso policiem-se com seus filhos e tratem de incentivá-los, pois da mesma forma isso irá influenciá-lo na vida adulta. Estou segura que todos os pais preferem ter filhos felizes e bem sucedidos. A repressão não é uma boa forma de educação, pois ainda que atinja algum objetivo relativo à obediência da criança poderá gerar futuros problemas psicológicos.
A Sugestão Hipnótica, que significa sugestão que ocorre durante o sono, será de três tipos:
·         A hipnose da forma que se conhece, onde a pessoa se torna insensível às reações e instintos do próprio organismo e é comandada pela voz do hipnotizador.
·         A sugestão durante o sono normal, onde se cochicha ao ouvido da pessoa dormindo e ou lhe fala com a mão sobre o coração entre outros métodos.
·         A sugestão telepática.
 Podemos dizer que estes tipos de sugestão são traiçoeiras, pois interferem diretamente na mente subconsciente sem que a mente consciente seja solicitada e de modo geral não pode perceber a influência não tendo o pode de inibir tais sugestões. Também é difícil de identificar a origem de tais sugestões, pois as mesmas somente podem ser identificadas depois de completamente assimiladas pela mente subconsciente justamente quando começam a produzir efeitos.  Deve-se tomar muito cuidado, pois existem pessoas que são habilidosas e treinadas na arte de sugestionar.  Não podemos evitar que as mentes das pessoas nos enviem sugestões, mas podemos preparar nossas mentes para que não as aceitem.

ATAQUE E DEFESA ASTRAL
O combate entre MAGISTAS ocorre ou como resultado de conflitos de interesses profissionais não resolvidos, ou senão como exercícios de treinamento ou teste de supremacia. Tenho presenciado muitos embates por motivos que geralmente são fúteis num contexto prático, mas mesmo assim eles existem.
Certa vez, fui procurado por um senhor que se dizia vítima de um ataque mágico, após investigações preliminares, principalmente ao seu estado de saúde (fortes dores de coluna, tonturas e desmaios sem qualquer causa física aparente, pois os exames médicos nada revelavam), verificamos se tratar de um ataque astral real. O referido senhor era mestre de uma Loja Maçônica recém inaugurada, a qual ficava nas proximidades de uma outra Loja, a muito tempo lá estabelecida, porém de uma linhagem maçônica diferente. Este senhor num gesto cortês (tenho minhas sinceras dúvidas disto até hoje) foi até a outra Loja efetuando um amistoso convite para a grande Festa Branca que se daria para a inauguração de sua Loja.
Estes lá compareceram, confraternizaram, e dias após o referido senhor adoeceu misteriosamente, ficando pior dia após dia. Executamos os rituais de Banimento, etc., eliminando o problema deste senhor, que em alguns dias voltava a gozar de plena saúde física e mental. Num caso desses se ambos os protagonistas forem habilidosos, os resultados são improváveis de serem fatais. O combate entre magistas e pessoas ordinárias, cada um com suas próprias técnicas e armas, é provável ser tão perigoso para qualquer partido quanto o combate entre pessoas ordinárias; faço uma analogia a prática da Defesa Pessoal, uma vez que eu seja praticante do Karatê Shotokan e do Jiu Jitsu, se você vai a uma academia para aprender Defesa Pessoal, não há defesa que não exija um contra ataque, mas, muitas vezes tal contra-ataque só é desferido para tontear o adversário ou mesmo para dissuadí-lo a abandonar a luta. Assim o combate mágico deve ser empreendido com a mesma seriedade dada a um aprendizado de defesa pessoal.
O protagonista da história acima que estava psicologicamente despreparado para realizar estas coisas fisicamente, não as cumpriria psiquicamente. Violência é o instrumento mais cego que um magista poderia utilizar e um pouco de reflexão pode indicar formas mais efetivas de intervenção psíquica, tal como magias de restrição e atamento, ou operações para modificar as opiniões do adversário. Todo ataque mágico toma duas formas. À longo alcance, informações telepáticas são enviadas para fazerem com que o alvo destrua à si mesmo, podendo impulsionar a pessoa a cometer um acidente. À curto alcance, é possível a um feiticeiro prejudicar ou drenar o campo de energia do adversário utilizando o seu próprio campo. Isto demanda um contato próximo. Um combate mágico próximo desta categoria, não é efetivado meramente pela vontade ou visualização, mas pela projeção de uma força que pode normalmente ser sentida, normalmente através das mãos. Mais raramente, a força pode ser projetada através da voz ou dos olhos ou carregada com a respiração. A força origina-se na área do umbigo (plexo solar) e é despertada pelas disciplinas de respiração, concentração, visualização e outras disciplinas mágicas. Uma parte desta força é posta dentro do corpo do inimigo para causar um rompimento da energia vital levando à doença e morte. As únicas defesas consistem em evadir contato ou em ter suficiente controle sobre suas energias internas para ser capaz de neutralizar os efeitos do rompimento de energia invasor, dispersando-o. Neste ponto é um grande erro absorver tal energia para si. O vampirismo psíquico pode ser um fenômeno inteiramente passivo e não-deliberado. A energia vital não pode ser drenada facilmente de uma pessoa fraca para um forte feiticeiro, a menos que o feiticeiro primeiro mate ou enfraqueça gravemente sua vítima em sua proximidade. O combate mágico de longo alcance depende da projeção telepática de impulsos autodestrutivos. Um certo número de métodos existem para evitar os perigos inerentes à esta técnica. A imagem do alvo ferido na forma requerida é utilizada para enviar o ataque. Imagens de cera, fotografias, cabelo ou pedaços de unha ajudam à formar uma conexão entre a imagem visualizada e o alvo. Para focalizar a energia psíquica do feiticeiro, o ataque é lançado a partir de um estado de profunda concentração ou de um pináculo de excitamento extático. O ódio e a raiva despertados durante um ritual de destruição completa da imagem podem ajudar. O feiticeiro pode infligir dor sobre si mesmo, imaginá-la originando-se de seu adversário para despertar sua fúria. Um método trabalhoso que alguns feiticeiros utilizam pois requer concentração prolongada é o Jejum Negro, no qual a energia psíquica despertada pelo jejum é direcionada com um intento maléfico ao alvo.
O Fetiche Mortal é um método composto de ataque que pode ser utilizado em qualquer distância. O feiticeiro compõe um dispositivo para carregar seu desejo de morte para seu inimigo. Ingredientes asquerosos e necrófilo, juntos com algo que represente o inimigo, são ritualmente preparados com uma forte concentração mágica durante a qual o feiticeiro soma sua própria força psíquica por causa da proximidade. O fetiche é então colocado onde a vítima intentada virá à ter contato com ele. Um feiticeiro habilidoso pode projetar uma entidade puramente etérica através do espaço para hostilizar ou atacar seu oponente.
Um ataque mágico é normalmente realizado com cautela. Há muitos pequenos pontos que podem trair a intenção da pessoa, à menos que vítima seja de uma disposição altamente nervosa, paranóica ou supersticiosa. A principal dificuldade com a defesa de um ataque mágico é que a maioria dos atos de tentar adivinhar a intenção precisa do inimigo, aumentando a vulnerabilidade da pessoa à ele. Um contra-ataque em si mesmo é uma estratégia de alto risco se o inimigo já tiver tomado a iniciativa de defesa. O mais arriscado de tudo, é enviar de volta um ataque idêntico. A preparação de um ataque, inevitavelmente envolve a geração de impulsos auto-destrutivos para projeção. Há sempre o risco de que isto possa contra explodir e duplicar o mesmo neste caso. A situação é análoga à um duelo com granadas. As defesas mais efetivas são providas por entidades extra-físicas conscientes ou semi-conscientes. Atividades obsessivas religiosas prolongadas, para o homem ordinário, criará uma forma-pensamento etérica menor que ele pode chamar de seu deus. Este efeito é parcialmente transferível e explica a dificuldade de atacar figuras públicas populares. É notável que quando uma tal figura perde os favores e é despojada dos pensamentos protetores de seus seguidores, então a fraqueza e a morte seguem-se rapidamente. O feiticeiro cria suas entidades com mais deliberação e cuidado. Entidades ancoradas à talismãs, amuletos e fetiches, são feitas pela concentração de energia psíquica em vários objetos – algumas vezes auxiliada por sacrifícios de sangue ou secreções sexuais. Em todas as forma de ataque mágico real ou suspeito, a paranóia pode ser o pior inimigo. É a força motriz da insensatez para entrar em situações onde o conflito é a única opção possível. O ataque mágico é o oposto direto da cura oculta, embora utilize forças similares.
Como com todas as coisas, as atividades construtivas são um desafio maior para nossas habilidades do que as destrutivas. 

domingo, 3 de julho de 2011

A coisa mais ridícula que já aconteceu na E.I.E!

Eu nem sei porque eu estou escrevendo isso aqui, é um pouco de desabafo misturado com perplexidade. Sinceramente não sei o que pensar. Se alguém puder me ajudar a decifrar eu agradeço!
Há uns vinte dias atrás uma moça do Rio de Janeiro nos procurou para fazer o Pactum Pactorum fora da data marcada. Disse que foi indicada  por uma pessoa que tinha feito e que estava impressionada, que precisava fazer urgente, etc. Por fim, marcamos a data e ela veio sozinha fazer o ritual.
Sozinha para o ritual, mas seu marido e seu irmão também vieram, conheceram a escola, etc.
Até aí tudo bem. só que na hora do ritual a moça ficou apavorada, disse que achava que a gente ia assassiná-la durante o ritual! Eu nunca havia passado por uma coisa tão desagradável na minha vida! Já vi gente com medo da manifestação da entidade, eu até entendo, apesar de não haver motivos para isso.
Sinceramente, eu não sei porque eu não mandei ela embora da escola. o Frater e eu tivemos uma paciência tão grande que nem eu sei porque. Só o que me falta a pessoa me chamar de assassina dentro da minha casa e o pior ainda, de burra!
Só uma pessoa completamente retardada marca um horário e local para matar alguém! Ninguém merece!
Além disso, porque faríamos isso?
Como se não bastasse a paciência para acalmar a moça, a hora que ela viu a espada ritualística do Frater quase desmaiou! Ai meu Deus cada coisa que me acontece!
Além disso falou um monte de besteira que meu CNPJ  estava inválido, tirei uma certidão negativa na mesma hora pelo site da receita federal. Porque será que antes de falar tamanha bobagem a pessoa não pesquisa direito?
Para dizer a verdade no dia, o Frater e eu nem sabíamos o que pensar, ao invés de raiva nós ficamos com pena da criatura.
Depois de tudo ela se desculpou e nos agradeceu. Até hoje eu não entendi o que estava passando na cabeça dela.
Gente, o que será que esta pessoa tem vivido nesta vida para ficar deste jeito?
Não acho que esteja relacionado com a violência do Rio, mesmo porque temos muitos alunos do Rio e são completamente diferentes, todos gente finérrima!
Isso deve ser um trauma, ou está nos confundindo. Por isso achei importante esclarecer em nosso site a nossa postura ritualística, vai que alguém mais por aí está pensando besteira.


· A E.I.E. é totalmente contrária à pedofilia— (não realizamos trabalhos de espécie alguma para menores de idade e nem a fim de atingir menores de idade como amarrações por exemplo).
· Não apoiamos o aborto, e abominamos a violência de qualquer forma que ela seja praticada.
· Não realizamos rituais de cunho sexual em nosso templo.
· A vestimenta adotada para rituais em nosso Templo é Túnica Negra. Não há praticas de nudismo.
· Ninguém em nossa sede ou Templo é induzido à práticas ilegais ou a qualquer constrangimento ou ato obsceno.
· Não há sacrifícios de sangue em nossos rituais.
· Impera em  nosso Templo e  Sede total respeito por todos e entre todos.


Este fato foi deveras mais assombroso para nós do que para ela!

Sociedade de Thule

Acreditava-se que Thule teria sido o centro mágico de uma civilização desaparecida. Muitos ocultistas alemães acreditavam que nem todos os segredos de Thule haviam perecido. Criaturas intermediárias entre o Homem e outros seres inteligentes do além colocariam à disposição dos Iniciados, ou seja, os membros da Sociedade Thule uma série de forças que podiam ser reunidas para tornar possível que a Alemanha dominasse o mundo... Seus líderes seriam homens que sabem tudo, obtendo sua força da própria fonte de energia e guiados pelos Grandiosos do Mundo Antigo. Era sobre esses mitos que a doutrina ariana de Eckardt e Rosenberg se fundamentava e que esses profetas... instilaram na mente receptiva de Hitler. A Sociedade de Thule logo se tornaria um instrumento na transformação da própria natureza da realidade. Sob a influência de Karl Haushofer, o grupo assumiu sua verdadeira característica como uma sociedade de Iniciados em comunhão com o Invisível e se tornou o centro mágico do movimento nazista.
Haushofer era membro do Pavilhão Luminoso, uma sociedade secreta budista no Japão, e
da Sociedade Thule. Haushofer certamente veio a conhecer em 1905, e a versão que René Guénon apresentou em seu livro, Le Roi du Monde, após o cataclismo de Gobi, os lordes e mestres desse grande centro de civilização, os Oniscientes, os filhos das Inteligências do Além, levaram sua vasta morada para o assentamento subterrâneo sob o Himalaia. Ali, no coração dessas cavernas, eles se dividiram em dois grupos, um que seguia o “Caminho da Mão Direita”, e outro que seguia o “Caminho da Mão Esquerda”. Os primeiros concentravam-se em Agartha, um local de meditação, uma cidade oculta de bondade, um templo de não-participação nos assuntos deste mundo. Os outros se dirigiram a Shamballah, uma cidade de violência e poder, cujas forças comandam os elementos e as massas da humanidade e apressam a chegada da raça humana no “momento decisivo do tempo”.
Assim, foi mais como um iniciado da teocracia oriental que como um geopolítico que Haushofer supostamente proclamou a Hitler a necessidade de “retornar às origens” da raça humana na Ásia Central. Ele estava, portanto, defendendo a conquista nazista do Turquistão, Pamir, Gobi e Tibet para assegurar o acesso da Alemanha a esses centros ocultos de poder do Oriente.

Essa imagem sensacionalista da Sociedade Thule e de seus membros era bem real. Hitler teria comparecido secretamente a várias reuniões da Sociedade Thule. Seu fundador, Rudolf von Sebottendorff, certamente mantinha pelo interesse no oculto, um diário detalhado de suas reuniões regulares de 1918 a 1925 mantido por seu secretário, Johannes Henng, menciona inúmeras palestras sobre esses tópicos. Crescendo em importância como um grupo ocultista por trás do Partido Nazista, a Sociedade Thule era politicamente poderosa em 1920 e iniciou suas atividades de forma completamente secreta em 1925. Durante seu apogeu, a Sociedade Thule era definida por sua ideologia nacionalista e anti-semita e um corpo de membros da classe média alta, e classe alta de Munique.
Em 1939 sai uma expedição da SS, liderada por Ernst Schãfer, teria ido ao Tibet com o expresso propósito de estabelecer uma conexão de rádio entre o Terceiro Reich e os lamas, e estabelecer uma conexão e uma colônia na Alemanha de Monges Tibetanos ligados a Tradição Bön-Po.
Walter Johannes Stein (1891-1957), um judeu vienense que havia emigrado da Alemanha para a Grã-Bretanha em 1933, a quem falsamente atribuiu a mais fantástica história de inspiração demoníaca de Hitler. Antes do estabelecimento do Terceiro Reich, Stein ensinava na Escola Waldorf em Stuttgart, que era dirigida segundo os princípios antroposóficos de Rudolf Steiner. Durante sua época nessa escola, Stein escreveu um livro versado e curioso, Weltgeschichte im Lichte des Heiligen Gral (1928), que dava uma interpretação espiritual da história e sua realização cristã baseada na lenda do Santo Graal. Em particular, Stein argumentou que romance do Graal de Wolfram von Eschenbach, Percival (cerca de 1200), baseava-se no cenário histórico do século IX, e os personagens fabulosos do épico correspondiam a pessoas reais, que viveram durante o Império carolíngio. Por exemplo, o Rei do Graal, Anfortas, foi apontado como Carlos, o Calvo, neto de Carlos Magno; Cundrie, a feiticeira e mensageira do Graal, seria Ricilda, a Má; o próprio Percival foi considerado como sendo Luitward de Verceili, o chanceler da corte franca; e Klingsor, o mago maligno e dono do Castelo das Maravilhas, foi identificado como Landulf II Cápua, um homem de reputação sinistra devido ao seu pacto com os poderes pagãos do Islã, na Sicília, então ocupada pelos árabes. A batalha entre cavaleiros cristãos e seus malignos adversários foi compreendida como uma alegoria de sua duradoura luta pela posse da Lança Sagrada, a Lança de Longino que teria perfurado o dorso de Cristo durante a crucificação. Com base nesse possível contato com Stein e o conhecimento de obra, Ravenscroft desenvolveu sua própria história oculta do nazismo, e a obsessão de Hitler com os mistérios do Graal e a Lança Longino. Em A Lança do Destino, Ravenscroft descreveu como o jovem estudante Stein havia descoberto uma cópia gasta, de segunda mão. Percival, de Eschenbach, em uma livraria ocultista no velho bairro de Viena, em agosto de 1912. Esse volume continha muitos rabiscos manuscritos como comentários do texto que interpretavam o épico do Graal como testes de iniciação em uma jornada de obtenção de consciência transcendental. Essa interpretação era apoiada por muitas citações, na mesma letra, de religiões orientais, de alquimia, de astrologia e de misticismo. Stein também notou que uma forte temática de ódio anti-semita e fanatismo racial pan-alemão impregnavam todo o comentário. O nome escrito no lado de dentro da capa do livro indicava que seu dono anterior era um tal de Adolf Hitler.
Com a curiosidade a respeito desses rabiscos despertada, Stein supostamente voltou à livraria e perguntou ao proprietário se poderia lhe dizer qualquer coisa sobre esse Adolf Hitler. Ernst Pretzsche informou a Stein que o jovem Hitler era um estudante assíduo do oculto e lhe deu seu endereço. Stein procurou por Hitler. Ao longo de seus freqüentes encontros no final de 1912 e início de 1913, Stein aprendeu que Hitler acreditava que a Lança de Longino concederia ao seu dono poder ilimitado para o bem ou para o mal. A sucessão de donos anteriores supostamente incluía Constantino, o Grande; Carlos Martel; Henrique, o Caçador de Aves; Oto, o Grande, e os imperadores Hohenstauffen. Como propriedade da dinastia de Habsburg desde a dissolução do Sacro Império Romano Germânico em 1806, a Lança Sagrada agora estava exposta na Casa do Tesouro dos Hofburg, em Viena. Hitler estava determinado a adquirir a lança para garantir o sucesso de sua própria tentativa de dominação mundial. Hitler acelerou seu desenvolvimento no ocultismo pelo uso de Peiote e da Chacrona, um alucinógeno que Pretzsche lhe teria fornecido após ter trabalhado no México, até 1892, como assistente de um apotecário, na colônia alemã na Cidade do México.
O conhecimento de Hitler sobre os romances do Graal e da Lança de Longino poderia ser facilmente atribuído ao seu ardente entusiasmo pelas óperas de Richard Wagner (1813-83), a quem idolatrava como o maior intérprete do espírito popular germânico. O Graal e seus cavaleiros desempenhavam um papel central em Lohengrin (1850), que Hitler vira pela primeira vez aos doze anos em Linz e novamente mais dez vezes durante sua época em Viena, entre 1907 e 1913. Parsifal (1882), o último trabalho de Wagner e o único a envolver a Lança, baseava-se na história do Graal de Eschenbach, mas fundia o simbolismo cristão original com a mística do sangue do mito racial ariano. Nessa ópera, Parsifal (ou Percival) era o campeão casto dos homens arianos, o único que poderia recuperar a lança sagrada, que penetrara o dorso de Cristo, e assim preservar o Graal, o talismã da raça alemã. (continua ...)