A terrível Ordália da Baratinha

Estes dias uma aluna da E.I.E. relatou um incidente ocorrido entremeios a uma evocação mágicka, deveras assustador. Estava ela em vias de finalizar sua evocação mágicka realizada com absoluto sucesso, já  dando licença de partida ao espírito evocado, quando de repente aparece a sua frente uma assustadora baratinha. O terrível inseto fitou nossa estudante de forma ameaçadora, por um instante a vida passou em sua cabeça. Ela deveria por em prática tudo que aprendera conosco para superar esse obstáculo. A terrível baratinha de forma ameaçadora agitou suas anteninhas, que é claro, todo bom entomólogo (pessoa que estuda os insetos), sabe que este era um sinal desafiador. Entre os pensamentos mais sombrios, o suor frio escorrendo pela face de nossa estudante, ela raciocinou: “Ou saio do círculo e corro o risco de levar tapas do demônio pelo resto da noite, ou enfrento o odioso inseto”.

A segunda opção era mais plausível, assim a assustadora baratinha iniciou o ataque e alçou vôo investindo e se prendendo  a túnica ritualística de nossa jovem aprendiz, a sequência de acontecimentos é algo quase inenarrável. Nossa aprendiz executou com perfeição, como que em transe, um misto de dança tribal mesclada com movimentos convulsivos. Claro, não haveria barata que resistisse. O ameaçador inseto foi ao solo, e mais que depressa nossa aluna desferiu uma convulsiva série de golpes com a ponta da espada ainda que não atingisse o inseto de forma certeira. A baratinha então, vencida pelo cansaço, não teve alternativa senão irromper o círculo mágicko, indo abrigar-se na escuridão do laboratório mágicko de nossa aprendiz. 

Vencida a terrível Ordália que se desenrolou a sua frente, a magista pode finalizar o ritual dando licença de partida ao espírito estarrecido que olhava todos os acontecimentos.

Não pude deixar de parabenizar nossa estudante, afinal ela vencera a terrível Ordália da Baratinha.